Soberania digital como “serviço” é a nova estratégia ideológica das big techs
Nos últimos anos, as maiores big techs lançaram novos produtos vendendo “soberania como serviço”, para governos e para o setor público. Microsoft, Amazon e Google entraram nessa disputa ideológica para esvaziar o conceito de soberania digital.
A proposta é apenas uma jogada comercial. É assim que avaliam os pesquisadores Rafael Grohmann, da Universidade de Toronto, no Canadá, e Alexandre Costa Barbosa, da Universidade das Artes de Berlim, na Alemanha, no artigo “Sovereignty-as-a-service: How big tech companies co-opt and redefines digital sovereignty”, publicado no periódico Media, Culture & Society.
Ao vender "nuvens soberanas", as empresas garantem que os Estados permaneçam dependentes de suas infraestruturas globais. Isso permite que os governos mantenham um discurso público de soberania digital enquanto, na prática, continuam depende
... exibir maisSoberania digital como “serviço” é a nova estratégia ideológica das big techs
Nos últimos anos, as maiores big techs lançaram novos produtos vendendo “soberania como serviço”, para governos e para o setor público. Microsoft, Amazon e Google entraram nessa disputa ideológica para esvaziar o conceito de soberania digital.
A proposta é apenas uma jogada comercial. É assim que avaliam os pesquisadores Rafael Grohmann, da Universidade de Toronto, no Canadá, e Alexandre Costa Barbosa, da Universidade das Artes de Berlim, na Alemanha, no artigo “Sovereignty-as-a-service: How big tech companies co-opt and redefines digital sovereignty”, publicado no periódico Media, Culture & Society.
Ao vender "nuvens soberanas", as empresas garantem que os Estados permaneçam dependentes de suas infraestruturas globais. Isso permite que os governos mantenham um discurso público de soberania digital enquanto, na prática, continuam dependentes de uma empresa privada e estrangeira.
Para ler mais: oplanob.com/soberania-digital-…
#soberaniaDigital #capitalismodevigilância

Imagine a soberania, algo tão importante politicamente para países e comunidades, transformar-se em um produto vendido na prateleira.
Fabricio Solagna (O Plano B)